domingo, 25 de dezembro de 2011

A venda do EPL e do Tribunal da Boa-Hora.

Confesso que é com perplexidade que recebo esta notícia de que o anterior governo procedeu à venda do Estabelecimento Prisional de Lisboa e do Tribunal da Boa-Hora. Como é possível que edifícios emblemáticos do parque judiciário português possam ser vendidos desta maneira, sem que ninguém seja disso informado? Não há explicações a dar sobre este assunto?

2 comentários:

Anônimo disse...

A venda do EPL? Da Boa-Hora? A comunidade judiciária não estava atenta....Alberto Costa vendeu também terrenos do Estabelecimento Prisional de Alcoentre, a maior parte, tanto quanto sei. E do EP Setúbal. E do EP de Pinheiro da Cruz. E do EP de Custóias. Aliás, nos termos do contrato, o Estado passou a pagar renda per capita por cada recluso que mantivesse no EPL após 1 de Janeiro de....(falha-me a memória...)...2009? 2010? Tudo, claro está, na mirifica promessa de se construirem de raiz vários estabelecimentos prisionais novos. Até, julgo, se comprou o modelo de "cadeia-tipo" aos espanhóis....num momento em que era já evidente que não haveria recursos para construir estabelecimentos de raiz. Assim se desbaratou o património do Ministério da Justiça....perante a distracção da comunidade judiciária. O caso de Pinheiro da Cruz é particularmente doloroso. A floresta integrada nos terrenos de P. Cruz dá trabalho aos reclusos, aí se produz um vinho de renome e protegeu-se o litoral Alentejano das construções turísticas. A promessa de construir uma cadeia nova no Canal-Caveira traz desde logo uma dificuldade que P. Cruz resolvia bem: dar trabalho aos reclusos. Muita tristeza ao assistir a tudo isto.

Luís Menezes Leitão disse...

Tem toda a razão. É muito triste.