quinta-feira, 24 de março de 2016

Um Parlamento inútil.

Há muito tempo que me parece que o Parlamento se está a tornar absolutamente inútil. Sendo constitucionalmente o órgão supremo do poder legislativo, transfere sistematicamente esse poder para o governo, praticamente só legislando quando o governo propõe. Nas outras vezes, limita-se a apresentar propostas de resolução para o que o governo estude algum assunto ou avalie determinada medida, que muito provavelmente o governo colocará no congelador dos assuntos em estudo. Agora, sobre um assunto tão importante como o impacto do novo regime da Caixa de Previdência dos Advogados e Solicitadores, o Bloco de Esquerda limita-se mais uma vez a apresentar um Projecto de Resolução que "recomenda ao Governo uma avaliação rigorosa do impacto do novo regulamento da Caixa de Previdência dos Advogados e Solicitadores". Custaria muito aos senhores deputados fazer eles mesmos essa avaliação e redigir um projectozinho de lei? Afinal de contas, estão no Parlamento a fazer o quê?

terça-feira, 8 de março de 2016

Um bom curso de Direito.

Parece que uma advogada americana decidiu processar a sua própria Universidade por não ter conseguido arranjar emprego na advocacia. A advocacia é uma profissão liberal e não propriamente um emprego. Mas, em qualquer caso, isto demonstra bem a qualidade do ensino que lhe foi ministrado na  sua Universidade. Na verdade, esta advogada parece claramente estar em condições de defender toda e qualquer causa. Que mais se pode exigir num curso de Direito?

sexta-feira, 4 de março de 2016

Isto explica muita coisa.

Se alguém tinha dúvidas da razão por que se deixou chegar a justiça em Portugal ao estado a que chegou, isto explica muita coisa. Mas a principal culpa nem é da própria. A culpa é de quem colaborou cegamente em políticas absurdas, que se sabia muito bem aonde conduziriam. E especialmente de quem a lá pôs e a manteve obstinadamente, mesmo quando o sector ruía como um castelo de cartas. Se há coisa que os políticos nunca podem deixar de ter é um apurado sentido da realidade. E já agora, também nunca perderem a noção do ridículo.