Espero que esta notícia signifique o fim definitivo da novela em torno do reforço dos poderes do PGR, em que este se chegou a comparar à Rainha de Inglaterra. Não me lembro de alguma vez em democracia ter existido um alto titular de um cargo público a fazer do seu mandato uma batalha constante em torno do reforço dos seus próprios poderes, com a complacência do anterior governo que chegou a pedir que o PGR lhe dissesse que poderes queria ter. Pelo menos a actual Ministra da Justiça mostra ter bom senso nesta matéria. Aos titulares dos órgãos do Estado não compete propor o reforço dos seus poderes. Compete-lhes antes exercer os que já possuem.
Um comentário:
É um lamentável estertor, uma agonia com o qual a autoridade do Estado se dilui. O poder está pulverizado, vulgarizado. As reservas morais da Nação já não se impõem. O "campus" da Justiça passou a ser invadido por uma lógica: quem manda? A resposta é um garretiano: «ninguém!».
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