António Borges desde há imenso tempo que tem sido apresentado como putativo candidato à liderança do PSD, mas o seu perfil é muito mais de economista do que político. Acaba de o demonstrar neste erro de principiante, que é o facto de ter trazido para a praça pública questões pessoais e empresariais, como a história da cessação dos contratos entre o Estado e a Goldman Sachs, que interessarão apenas a ele próprio e a esse Banco, mas não seguramente aos cidadãos, a quem se deveria dirigir. Manuel Pinho desmentiu-o prontamente, como se esperaria, e qualificou-o apenas como um gestor de banca que se queixa de uma decisão do Governo, o que não é seguramente imagem que queira ter um candidato a líder do PSD. Se é esta a oposição a Luís Filipe Menezes, ele manifestamente pode dormir descansado.
9 comentários:
pois... mas confio mais na versão do António Borges que na do Manuel Pinho... porque será?
Não interessa aos cidadãos? Se quem critica uma opção do governo sofre desta forma, como podem os cidadãos estar descansados?
Pinho desmentiu? Então isso demonstra o que quer que seja?
Ainda por cima Pinho fala na reserva dos banqueiros (e não em gestor de banca), o que sugere no mínimo que esperaria que essa reserva impedisse Borges de falar deste episódio em público.
Estou surpreendido pela sua facilidade em engravidar de ouvido, ainda por cima de alguém tão desqualificado como o Pinho.
PS. Aconselho-lhe vivamente a leitura do editorial de hoje do Público.
Não faço ideia quem disse a verdade neste episódio, nem acho que isso alguma vez possa ser demonstrado. Acho é que quem ser líder do maior partido da oposição deve dar voz às angústias e problemas da maioria da população e não expor as suas próprias queixas pessoais ou da Goldmann Sachs.
Não se pode demonstrar? Um contrato entre um ministério e um banco de investimento, não começou com um 31 de boca nem foi finalizado assim. Há certamente um contrato escrito e um documento da sua rescisão, com datas.
Não estranha a falta de memória de Pinho?
Quanto a não falar do país, o seu post é que é enviesado.
Na entrevista de TRÊS páginas ao Público, AB fala do enquadramento internacional (é importante que um líder tenha uma visão menos paroquial do que os eleitores), do forte condicionamento sobre a iniciativa privada (é importante que um líder vá para além de sentir a angústia do desempregado e perceba onde estão as causas e quais as soluções para o desemprego), critica (e muito bem) a aposta nas obras públicas, critica (e bem) a supervisão bancária portuguesa, etc.
PS. Não tenho nenhuma procuração de AB, nem é a minha 1ª escolha para líder do meu partido.
Quanto à entrevista de três páginas, o seu eco na comunicação social reduziu-se ao episódio que discutimos, o que só por si demonstra a desvantagem de o ter referido.
Pessoalmente, não vejo o que é que António Borges ganhou com isso. Mas, se acha o contrário, é livre de discordar da minha opinião.
O post é pobrezinho e as respostas aos comentários idem.
Assim, não vamos lá.
O Luís não percebe que aquilo que está em causa não é o caso específico mas o vergonhoso comportamento do Governo Sócrates ante quem legitimamente o critica?
Se não entende isso, o melhor é enrolar o estojo.
Quanto ao carácter "pobrezinho" do post e das respostas, tem toda a razão. Elas não têm comparação com a elevada qualidade técnica e literária do seu comentário.
Quanto à qualificação que faz do comportamento do Governo, de que considera este caso específico como exemplo, como jurista gostava de ver provas concretas, e não apenas a acusação de uma das partes, logo desmentida pela outra. Mas se calhar esse é um prurido excessivo meu, numa época onde o que se faz mais é usar a comunicação social para travar as batalhas pessoais e profissionais de cada um.
Esta última resposta está ao nível do post e das reacções aos comentários...
Fiquei definitivamente elucidado.
Nada a fazer, está visto.
Passe bem.
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