Parto amanhã para Washington, DC, onde vou realizar uma conferência na Catholic University of America. Aproveitarei para acompanhar de perto a eleição presidencial americana, manifestando desde já o meu desejo de que se confirme a vitória de Barack Obama.
O que espero que não se verifique é o que se passou na eleição de 2000, com aquela confusão sobre o verdadeiro vencedor das eleições. Na altura, encontrava-me igualmente em Washington, e foi penoso assistir a uma noite eleitoral inconclusiva, em que o que o que mais se ouvia era a frase "too close to call" relativamente a uma série de Estados. A certa altura, numa televisão chegou-se a admitir a hipótese de a eleição terminar empatada com 269 votos para cada um dos candidatos. No dia seguinte, as pessoas encontravam-se absolutamente perplexas com o que tinha acontecido, não sabendo quem deveriam proclamar Presidente. Assistiu-se então a uma batalha jurídica sem quartel pela atribuição dos votos da Florida, com sucessivas decisões judiciais contraditórias sobre contagens e recontagens, acabando por ser o Supremo Tribunal Americano a confirmar a vitória de Bush.
É importante que o próximo Presidente dos Estados Unidos tenha uma legitimidade eleitoral inquestionável. Com esta crise financeira que atravessamos, não sei como os mercados reagiriam a qualquer incerteza no resultado da eleição.
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