Nesta sua entrevista, Marinho Pinho continua com a sua intenção de levar a cabo uma guerra pessoal na Ordem dos Advogados, conseguindo colocar praticamente todos contra si. Mas, na sua estratégia de dividir para reinar, pretende agora colocar os Conselhos Distritais contra as suas Delegações, a propósito da repartição de verbas. Nem quero imaginar como vai ficar a Ordem dos Advogados quando este mandato terminar.
Registei, porém, o que nesta entrevista Marinho Pinto disse a meu respeito: "há aí candidatos a bastonário derrotados, que estão permanentemente a atacar-me, precisamente porque ataco diversos interesses que estão escondidos, de tráfico entre o exercício da advocacia e o exercício da acção política". Esta vitimização por parte de quem venceu as eleições é uma óbvia demonstração de fraqueza, e a última coisa de que a Ordem precisa é de um Bastonário-vítima. Mas, quanto ao tráfico entre o exercicio da advocacia e o exercício da acção política, o melhor exemplo é ter posto o Boletim da Ordem dos Advogados a colocar notícias políticas sobre o caso Freeport. Veja-se os subtítulos em destaque nesse artigo: "Encontros político-jornalísticos", "denegrir a imagem de Sócrates", e "cultura de irresponsabilidade". Afinal de contas, quem é que está misturar a advocacia com a política, se não o próprio Bastonário da Ordem dos Advogados?
Marinho Pinto pode ter ganho as eleições em que participei, mas isso não impede que a sua gestão da Ordem dos Advogados seja um desastre total. Em vez de se vitimizar, deveria pôr os olhos na imagem que está a dar ao país da Ordem dos Advogados e dos advogados em geral. Por muito menos do que o que se está a passar na Ordem dos Advogados, caíram há dias todos os órgãos da Ordem dos Farmacêuticos.
2 comentários:
Trocou a Ordem... (foi a dos farmacêuticos, não a dos enfermeiros)
Já corrigi o lapso de escrita. Muito Obrigado.
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