Esta notícia da falência da Lehman Brothers confirma as piores apreensões quanto à dimensão da crise económica provocada pelo colapso do crédito sub prime norte-americano. Efectivamente, é manifesto que o peso do sector financeiro na economia se vai reduzir consideravelmente, podendo assistir-se a uma série de falências em cascata de instituições financeiras, com a ruína económica de empresas e particulares que nelas aplicaram as suas poupanças. Por outro lado, com a economia tão globalizada, qualquer falência desta dimensão tenderá a produzir um efeito de arrastamento da crise para outros países. É manifesto que tempos difíceis se aproximam. Não sei mesmo se este dia, 15 de Setembro de 2008, não ficará na História como "a segunda-feira negra" que antecedeu a Grande Depressão do séc. XXI.
O FMI é que já veio dizer que tinha avisado para a dimensão da crise e que o pior ainda está para vir. Não se compreende por isso que o Ministro das Finanças se declare surpreendido com a duração da instabilidade. A situação exige que o País esteja preparado para a crise que se avizinha. Espera-se, por isso, que o próximo orçamento de Estado seja realista e acautele a evolução da situação internacional.
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