Por esta notícia somos informados que o Governador do Estado de New York, David Paterson, declarou que a maior seguradora norte-americana, a American International Group (AIG) tem que arranjar num dia (!) entre 75 a 80 mil milhões de dólares, se quiser evitar a falência. Uma notícia destas normalmente provoca o colapso financeiro de qualquer empresa, pelo que é muito duvidoso que a AIG consiga reforçar os seus capitais próprios nesse montante. Mas aguardamos para ver se um milagre ainda é possível neste curtíssimo prazo.
Em qualquer caso, se vier a concretizar-se esta falência, as consequências serão muito mais dramáticas para os cidadãos comuns do que na falência da Lehman Brothers. Uma seguradora não é um banco de investimento, assegurando uma necessidade muito mais vital, que é a cobertura do risco das pessoas. Com a importância que o negócio de seguros tem na América, o que se vai passar é que esta falência levará a que muitos americanos deixem de ter cuidados de saúde assegurados, percam o direito à pensão de reforma para que tinham descontado, e os seus familiares deixem de ter protecção em caso de morte. Para além disso, as consequências irão repercutir-se em todas as outras seguradoras à escala mundial, face ao sistema de resseguro instituído.
Vai ser dramático para os americanos e mesmo para o mundo em geral o legado da presidência de George W. Bush.
Aditamento.
Afinal a Reserva Federal Americana decidiu assumir o controlo da AIG, fornecendo os 80 mil milhões de dólares necessários para evitar a falência. Resta saber até quando o sector público americano poderá continuar a injectar capital para salvar empresas numa economia em contínuo descalabro.
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