É absolutamente inacreditável esta notícia. Verifica-se que a principal bandeira do PS nesta época de crise é o aumento de impostos, pretensamente para os mais ricos, mas que vão seguramente atingir os titulares de rendimentos médios, uma vez que muitos desses titulares acabam por cair nos últimos escalões do IRS.
É preciso perceber que as deduções que actualmente existem são deduções à colecta do imposto, e que só são permitidas em relação a despesas muito restritas, como a saúde e a educação, o que já prejudica os titulares de rendimentos mais altos. O que desta notícia resulta é que quem tenha uma doença grave e se veja obrigado a gastar todo o seu rendimento em despesas de saúde deixará de as poder deduzir, passando a pagar impostos como se nada tivesse gasto. A falta de escrúpulos desta voracidade fiscal não tem limites, mesmo que disfarçada pelo pretexto de beneficiar a classe média.
Este novo discurso do Governo lembra o velho slogan da UDP nos anos 70: "os ricos que paguem a crise". Há, porém, que lembrar o que ensinava o Prof. Sousa Franco, de quem fui aluno a Finanças Públicas, nas suas lições: Em depressão económica, os impostos reduzem-se. Agravá-los é agravar a depressão. Este Governo, no entanto, está mais uma vez à deriva na sua resposta à crise.
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