Finalmente, vem a público a notícia do estado de degradação e risco de derrocada do Tribunal de Santa Maria de Feira.
No âmbito da minha candidatura à Ordem dos Advogados, tive ocasião de visitar no ano passado o Tribunal e a Delegação da Ordem de Santa Maria da Feira.
Do edifício da Delegação é prefeitamente visível o estado do Tribunal que, embora construído há cerca de vinte anos, se encontra afundado no terreno, o que levanta logo os maiores receios pelo risco de ruína. Quando se entra no Tribunal, é-se surpreendido por enormes rachas e fissuras no chão, paredes e tecto, algumas das quais já com uns meros remendos improvisados, que confirmam totalmente a impressão inicial e levantam a maior apreensão pelas condições de segurança do edifício.
Na altura questionei mesmo os Colegas como era possível um Tribunal se encontrar naquele estado, e os Advogados e Magistrados trabalharem numa óbvia situação de risco de vida. É esta a demonstração da justiça que temos, típica de um país do terceiro mundo. Por isso mesmo, em vez de o Governo apresentar mapas judiciários no papel, conviria que avaliasse das condições em que se encontram muitos Tribunais no país. Pode começar precisamente pelo Tribunal de Santa Maria da Feira.
Um comentário:
Enquanto 130 trabalhadores do Tribunal de Santa Maria da Feira colocam em risco as suas vidas, perante a eminência de ruína das instalações onde trabalham, o Governo entendeu por bem dar 2 milhões de euros ao Tiago Monteiro para correr na fórmula Um.
Deve estar em mim, uma completa leiga em matéria de fórmula um, o defeito de não entender a lógica que preside a esta hierarquia de prioridades a que vou assistindo.
Mas como a construção do Palácio da Justiça, com 3500 metros de área, em Cabeceiras de Basto (uma comarca a extinguir(?) no novo mapa judiciário) foi adjudicado por 3 milhões de euros, pode ser que o Tiago Monteiro se lembre de oferecer um Tribunal novo à comarca de Santa Maria da Feira!!
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