Os apelos do Procurador-Geral da República relativos à denúncia dos casos de violência nas escolas fazem mais pelo nosso sistema de ensino que as sucessivas reformas politicamente correctas efectuadas pelo Ministério da Educação nos últimos anos e que conduziram o ensino secundário ao caos em que se encontra.
Não deve haver ilusões a respeito da necessidade de restaurar a disciplina e pôr fim à violência nas escolas. Não é possível a nenhum professor dar aulas num quadro de violência e de indisciplina dos alunos, e essa situação só se perpetuará se a mensagem que se der aos professores for a de estar calado para evitar problemas. Tal só conduzirá a que nenhum aluno aprenda absolutamente nada na escola, o que levará a que a função social da escola pública, que é a de assegurar a igualdade de oportunidades dos cidadãos, proporcionando a todos um ensino de qualidade, seja inevitavelmente posta em causa.
Não deve haver ilusões a respeito da necessidade de restaurar a disciplina e pôr fim à violência nas escolas. Não é possível a nenhum professor dar aulas num quadro de violência e de indisciplina dos alunos, e essa situação só se perpetuará se a mensagem que se der aos professores for a de estar calado para evitar problemas. Tal só conduzirá a que nenhum aluno aprenda absolutamente nada na escola, o que levará a que a função social da escola pública, que é a de assegurar a igualdade de oportunidades dos cidadãos, proporcionando a todos um ensino de qualidade, seja inevitavelmente posta em causa.
Não venham os responsáveis do Ministério da Educação censurar a intervenção do Procurador-Geral da República nesta área. É verdade que deveria ter sido o Ministério da Educação a dar atempadamente solução a estes problemas, assegurando a disciplina nas escolas e reprimindo severamente os casos de violência. Mas, se o Ministério da Educação não soube assumir em tempo útil as suas próprias responsabilidades, é bom que o Ministério Público assuma agora as suas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário