Apesar de haver outras pessoas, como José Pacheco Pereira e Rui Rio, que poderiam igualmente disputar o cargo, acho que Manuela Ferreira Leite reúne todas as qualidades para ser a líder de que neste momento o partido precisa. Tem a legitimidade histórica de ter estado desde o início contra o Governo de Santana Lopes. E possui uma enorme competência, determinação e credibilidade, resultantes de um magnífico desempenho dos vários cargos que desempenhou, onde não hesitou em cortar a direito quando tal era necessário, mesmo com sacrifício pessoal. Ora, a competência, a determinação e a credibilidade são precisamente os valores que neste momento o PSD tem que exibir no seu programa e não o constante ziguezaguear dos últimos tempos, em que até as bandeiras do partido foram alteradas.
É manifesto, no entanto, que Manuela Ferreira Leite terá grandes opositores no PSD, que a acharão com perfil pouco adequado para o marketing eleitoral em que actualmente os partidos querem viver. Mas esses opositores deverão responder a uma questão elementar: Se tivesse sido Manuela Ferreira Leite a suceder a Durão Barroso, acham que o partido estaria hoje no estado comatoso em que está?
Um comentário:
Sim, é a pergunta mais pertinente neste momento.
Como a poderão atacar aqueles que, quando Jorge Sampaio quase suplicou ao PSD que a indicasse para suceder a Durão Barroso, preferiram embarcar numa aventura sem bilhete nem destino?
É que as escolhas têm consequências e o preço dessa viagem foi bem caro!
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