Se há coisa que não se consegue perceber é como é que possível uma Ministra deixar a situação do seu Ministério chegar ao colapso que esta notícia descreve e não se demitir nem ser demitida. Primeiro paralisa os tribunais durante praticamente dois meses, deixando desesperados magistrados, funcionários e advogados. Depois acusa funcionários subalternos de conspiração, levando à instauração de um processo-crime onde nem os seus próprios funcionários corroboram a acusação. Quando o processo é arquivado, diz que não foi excluída a existência de crime. Finalmente vai ao parlamento e pede certidões das declarações dos deputados que justamente a acusam pelo que fez, parecendo ignorar que os mesmos gozam de imunidade parlamentar. É possível o sector da justiça de um país ser gerido assim e o Primeiro-Ministro nada fazer? Pelos vistos, é. Portugal é um país de brandos costumes onde tudo se permite aos governantes.
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