Podem ver-se aqui as minhas declarações sobre a inenarrável proposta de requisição de casas devolutas.
sábado, 21 de abril de 2018
quarta-feira, 18 de abril de 2018
Interrogatórios de arguidos na televisão.
Em 12 de Agosto de 2001 seis empresários portugueses foram brutalmente
assassinados em Fortaleza, no Brasil, tendo a polícia rapidamente
capturado o autor do crime, Luís Miguel Militão. Espantosamente, no
entanto, a polícia brasileira permitiu que o mesmo fosse longamente
entrevistado na prisão pela comunicação social, à qual relatou todos os
pormenores do crime. Nessa altura fiquei a pensar que defesa poderia ser
apresentada em tribunal para aquele homem, depois daquele espectáculo
mediático. Na verdade não houve defesa possível, tendo o mesmo sido
condenado pelo tribunal brasileiro a 150 anos de prisão. Fiquei por isso
convencido de que em Portugal se defendia mais adequadamente os
direitos dos arguidos pois as televisões nunca passariam uma coisa
destas. Pelos vistos, enganei-me. Hoje os interrogatórios de arguidos
podem surgir livremente no prime time televisivo sem que ninguém faça
nada.
segunda-feira, 2 de abril de 2018
Descontos pelo uso de formulários.
A maior parte dos nossos governantes ignora totalmente o que é e como
funciona um tribunal, julgando que se trata de uma secretaria onde se
apresentam requerimentos que, quanto mais simples forem, melhor. Agora
pretende-se que os advogados se limitem a apresentar formulários pré-existentes, que provavelmente os juízes se limitariam a indeferir
com base em sentenças também pré-existentes. Se resolvessem mas é o
atraso nos tribunais administrativos e fiscais, que nalguns casos chega a
doze anos, em vez de andarem com estes delírios fariam muito melhor.
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