O que temos assistido até agora no sector da habitação é a uma sucessão de medidas radicais, em que cada um dos partidos da geringonça se sucede em sucessivos ataques aos proprietários, ao estilo do mata e esfola. Tudo isto tem conduzido a que cada vez menos pessoas estejam dispostas a arrendar, o que tem feito disparar o valor das rendas e criado uma crise habitacional sem precedentes. Agora quando se propõe uns tímidos benefícios fiscais aos proprietários, com tantas contrapartidas que nenhum seguramente irá aderir, o PCP está contra esses benefícios. Não está, no entanto, contra a absurda isenção de que beneficia o seu património imobiliário de 15 milhões de euros. É como o Bloco, que é contra a especulação imobiliária, excepto quando ela é praticada pelo vereador Robles. Quanto ao PS, apela ao sentido de "responsabilidade" do PCP. Cabe perguntar onde andava a responsabilidade do PS quando aprovou no parlamento sucessivas leis irresponsáveis, entre quais a da suspensão dos despejos, e tem uma proposta de Lei de Bases de Habitação que reduzirá o mercado de arrendamento a cinzas. O que esta maioria parlamentar anda a fazer tem sobre a habitação o mesmo efeito do que se estivessem a bombardear as nossas cidades.
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