Esta cerimónia de abertura do ano judicial demonstra bem a gigantesca crise que atinge o sector da justiça em Portugal, com a multiplicação de greves e a enorme insatisfação com que todos os profissionais trabalham, sejam eles advogados, magistrados ou oficiais da justiça. Mas essa enorme insatisfação passa infelizmente ao lado dos discursos oficiais, mais preocupados com questões vagas do que com a realidade quotidiana do sector da justiça. Percebendo a insatisfação que grassa cá fora, o Presidente da República desaconselha que seja sugerido aos agentes da justiça "o caminho sempre problemático de formas de intervenção sócio-laboral". É, assim, desta forma não problemática que as condições de trabalho na justiça se vão degradando todos os dias.
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