Resulta desta notícia que a convocação de um Congresso Extraordinário só interessa à actual Direcção do PSD, apostada em inventar pretextos da mais diversa ordem para não se submeter ao sufrágio dos militantes, quando a estrondosa derrota que obteve nas legislativas impunha um refrescar de legitimidade. Aliás, se um anterior líder, Marques Mendes, convocou umas eleições directas logo após ter perdido uma eleição para a Câmara de Lisboa, que legitimidade tem a actual Direcção para continuar numa actuação política sem rumo, duramente castigada nas legislativas, quando todos só esperam por um novo líder do PSD?
O Congresso Extraordinário que vai agora ser convocado só serve para empatar as eleições directas, não sendo de excluir que este seja o primeiro de muitos outros expedientes que vão surgir com a mesma intenção. Mas este expediente vai ser especialmente penoso pois, no actual estado do PSD, o Congresso Extraordinário só poderá ser uma de duas coisas: um muro das lamentações ou uma feira de vaidades. Outros que dêem para esse peditório. Eu não dou.
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