segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Viagem a Atenas.







Passei o fim-de-semana em Atenas, onde aproveitei para me inteirar da situação da Grécia e das eventuais comparações com Portugal. A Acrópole é um verdadeiro encontro com a eternidade, a lembrar-nos quais são as verdadeiras raízes da nossa civilização. Mas, se a Grécia não recebe lições de democracia de ninguém, as medidas propostas para resolver a crise apresentam-se absolutamente draconianas, incluindo colossais aumentos de impostos. Enquanto lá estive, assisti a manifestações diárias em frente ao Parlamento.
Na Grécia, no entanto, houve uma mudança de Governo, por o anterior Governo conservador ter abandonado funções perante o avolumar da crise, o que legitimou essas medidas. Em Portugal, temos praticamente o mesmo Governo, que agora propõe medidas de combate a uma crise que ele próprio deixou avolumar. Mas o mais grave foi não ter havido qualquer informação aos portugueses antes das eleições, levando a que estas tenham ocorrido num cenário de ficção. A falta de capacidade de indignação é talvez o maior defeito nacional.


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