É espantoso que um dirigente partidário com altas responsabilidades como Paulo Rangel ache que deve citar O Príncipe, de Maquiavel como demonstração para a tese de que não deve haver ética na política. Não só essa tese é totalmente absurda, como também a citação demonstra uma falta de sentido político absolutamente escandalosa. O meu Professor de Filosofia no Liceu ensinava que Maquiavel era o oposto de um maquiavélico, uma vez que o seu livro abria o jogo todo, enquanto que um maquiavélico aplicaria antes a sua doutrina em silêncio. Paulo Rangel pretende seguir Maquiavel, mas é tudo menos maquiavélico. Quando se pretende justificar o injustificável, citar O Príncipe não é seguramente uma boa política.
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