Tive sempre dúvidas sobre as vantagens dos inquéritos parlamentares, quando decorrem simultaneamente investigações criminais. Mas o inquérito parlamentar ao BPN até tinha corrido bem embora, como é tradição entre nós, acabasse por ter conclusões inócuas impostas pela maioria parlamentar. Não satisfeito com isso, Vítor Constâncio resolveu desancar os deputados de uma forma inaceitável, uma vez que está em causa um órgão de soberania, que é a casa da democracia. Teve uma resposta à altura de Francisco Louçã. Noutro país, não sei se se teria mantido no cargo, uma vez que o seu desrespeito pelo Parlamento me pareceu até maior que o de Manuel Pinho. Mas entre nós, pelos vistos, o Governador do Banco de Portugal acha que tem legitimidade para censurar o trabalho dos deputados da Nação, e continua no lugar após esta atitude. Isto começa a parecer-se cada vez mais com uma república das bananas.
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