Conforme se refere aqui, foi hoje decidido na concertação social que as despesas resultantes do encerramento das empresas devido à gripe A serão suportadas pelo Estado, que pagará 80% do salário dos trabalhadores. Tanto os patrões como os trabalhadores ficam satisfeitos, como não podia deixar de ser. De facto, só devido ao período eleitoral é que se compreende estas decisões de dar tudo a todos, assumindo o Estado uma protecção contra riscos, quando não há qualquer justificação para tal.
O Governo pode sempre tomar essas medidas simpáticas em período eleitoral, pois sabe que quem irá pagar a factura serão sempre os contribuintes, com o aumento dos impostos nos orçamentos seguintes.
Não admira que o défice português esteja tão escondido, que o próprio Presidente da República se limita a dizer que ele "não compromete a zona Euro". Não vejo como poderia alguma vez comprometer face à dimensão relativa do PIB português dentro da zona Euro. Receio, porém, que vamos ter muito más notícias em Outubro.
Mas, por enquanto, as empresas portuguesas ficam descansadas: os contribuintes que paguem a gripe.
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